As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio de formulário eletrônico, de 29 de janeiro a 16 de março.
Recife se tornará o epicentro de uma nova iniciativa cultural com o lançamento do primeiro Salão de Fotografia do Recife, uma mostra coletiva que visa destacar e premiar a produção fotográfica contemporânea emergente da cidade. Através de uma chamada pública, 15 fotógrafos recifenses serão selecionados para participar da exposição. As inscrições devem ser realizadas de 29 de janeiro a 16 de março, exclusivamente por meio de formulário eletrônico disponível no link: https://forms.gle/nAQhgNJSFYKfQvxG8.
Podem se inscrever pessoas físicas com 18 anos ou mais, recifenses natos ou que comprovem residência na cidade há pelo menos um ano. Grupos ou coletivos também são elegíveis, desde que um dos membros realize a inscrição em nome do grupo e envie as cartas de anuência dos demais integrantes. A convocatória não estabelece uma temática específica, proporcionando aos fotógrafos liberdade criativa para suas propostas.
A seleção ocorrerá em duas etapas. A primeira será uma análise preliminar para verificar o cumprimento das exigências do edital. Na segunda etapa, os critérios de avaliação artística e cultural serão aplicados, considerando originalidade, criatividade e inovação das fotografias inscritas. A comissão de seleção, composta por três profissionais experientes, será responsável pela avaliação das propostas.
Buscando diversidade e representatividade, o processo seletivo aplicará critérios sociais que priorizam fotógrafos negros, indígenas, mulheres (cis e trans), LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência, abrangendo todas as regiões político-administrativas do Recife.
Os três primeiros colocados receberão premiações em dinheiro: R$ 2.000,00 (1º lugar), R$ 1.500,00 (2º lugar) e R$ 1.000,00 (3º lugar). Além disso, será concedido um prêmio adicional de R$ 500,00 ao fotógrafo mais votado pelo público no Instagram do evento.
Além da exposição e premiação, o salão contará com atividades educativas, incluindo formação para mediadores e docentes da rede municipal, visitas guiadas, bate-papos e um catálogo digital que poderá servir como material pedagógico. O evento também adotará medidas de acessibilidade, como audiodescrição das obras e capacitação da equipe para atendimento inclusivo ao público PcD. Essas ações visam não apenas promover a fotografia, mas também estimular uma reflexão crítica sobre seu papel na arte contemporânea.
“O Salão de Fotografia do Recife nasceu do meu desejo de transformar realidades por meio da arte. Como morador do Coque, sei o quanto pode ser desafiador para muitos jovens enxergar oportunidades de crescimento e expressão. Esse projeto é uma resposta a isso: um espaço que celebra a fotografia não apenas como arte, mas também como ferramenta de empoderamento e transformação social. Quero mostrar que, mesmo em meio às adversidades, é possível construir narrativas que valorizem nossa identidade, cultura e histórias. O Salão é, acima de tudo, um convite para que a fotografia nos una e nos fortaleça”, afirma Ronald Cruz, idealizador e coordenador do evento.
O Salão de Fotografia do Recife se posiciona como um marco para a cidade, inserindo-a no circuito dos grandes salões nacionais e oferecendo aos recifenses uma oportunidade única de interação com a fotografia contemporânea. Mais do que uma simples exposição, o evento propõe um espaço de diálogo, reflexão e transformação através da arte fotográfica. O projeto conta com incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) da Prefeitura do Recife.
Sobre Ronald Cruz
Fotógrafo, violinista e artista visual, Ronald Cruz nasceu em 1º de novembro de 1997. Formado em Rádio, TV e Internet em 2019, encontrou na fotografia sua principal forma de expressão artística e profissional. Sua trajetória começou aos sete anos como violinista na Orquestra Criança Cidadã, experiência que lhe proporcionou disciplina, sensibilidade e paixão pela arte. Hoje, esses valores permeiam sua produção fotográfica, que vai além do registro técnico, criando narrativas visuais que exaltam identidade, ancestralidade e resistência.
Homem de Axé e praticante das religiões Candomblé e Jurema Sagrada, Ronald incorpora a espiritualidade e a memória ancestral em sua obra, utilizando a fotografia como ferramenta de transformação social e cultural. Seu olhar sensível e engajado documenta e inspira, conectando passado, presente e futuro.
Ao longo de sua carreira, fotografou importantes personalidades da comunidade negra brasileira, como Érico Brás, Érica Januza, Licínio Januário, Pedro Lins, Thiago Thomé, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Jessica Ellen, Clara Monenek e Juliana Alves. Suas imagens também marcam presença em eventos culturais, artísticos e religiosos que valorizam a cultura afro-brasileira. Sua fotografia é um ato político e artístico que promove representatividade e inspiração para a transformação social.
Serviço
Salão de Fotografia do Recife 2025
Inscrições: 29 de janeiro a 16 de março
Link: https://forms.gle/nAQhgNJSFYKfQvxG8
Resultado: 26 de março