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Instituto Ricardo Brennand apresenta a exposição Vik Muniz – A olho nu

O Instituto Ricardo Brennand tem o prazer de convidar para a exposição “A olho nu”, a maior e mais abrangente já realizada com obras do artista Vik Muniz. Com curadoria de Daniel Rangel, diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, e que acompanha há 25 anos o trabalho do artista, a exposição percorrerá um arco temporal dos anos 1980 até os dias de hoje, com mais de 200 trabalhos, que ocuparão a Galeria Lourdes Brennand, com quase mil metros quadrados de área, e pé direito de sete metros. A mostra ficará em cartaz de 13 de junho a 31 de agosto de 2025. A realização é do Instituto Ricardo Brennand em parceria com a Galeria Nara Roesler, e patrocínio do BC Investimentos S.A., a partir da Lei de Incentivo Federal à Cultura, do Ministério da Cultura. Para esta exposição, Vik Muniz criou especialmente a obra “Concretismo Clássico” (2025), da série “Relicário”, em mármore, quartzito e granito, uma alusão aos seus trabalhos iniciais, tridimensionais, e as esculturas presentes no Instituto Ricardo Brennand.

“Vik Muniz é um ilusionista – um mágico na construção de imagens que não existem, mas que se tornam reais”, afirma Daniel Rangel. “Suas obras possuem camadas que tensionam diferentes questões de cunho poético – aspectos formais e processuais – e político, abordagens e relações que estabelece com o sistema da arte”. O curador complementa: “As obras dialogam com essas camadas do cotidiano, atravessando os espectadores por meio de um encantamento visual e um deslumbramento processual que despertam distintas interpretações cognitivas e sentimentos de afetividade e pertencimento”.

Para explicar o processo criativo de Vik Muniz, o curador chama o artista de “fotógrafo agricultor”, “um jardineiro que utiliza sementes diversas – açúcar, chocolate, caviar, diamantes, brinquedos de plástico, revistas, cartões-postais e até mesmo resíduos — que florescem em potentes imagens, ‘re-retratando’ aquilo que parece já termos visto”. O artista cria imagens usando determinados materiais, e as fotografa. “Isso captura nosso olhar e ativa nossa mente”, assinala Daniel Rangel. “Sem dúvida, Vik se tornou um dos principais fotógrafos agricultores da atualidade, seja por sua projeção internacional, seja pela longevidade de sua prática e pelas inúmeras séries que realizou”.

Além das obras iniciais de Vik Muniz, dos anos 1980, algumas das 37 séries de obras que serão exibidas são: “Imagens de arame”, “Imagens de linha”, “Crianças de açúcar”, “Imagens de terra”, “Imagens de chocolate”, dos anos 1990; “Imagens de caviar”, “Imagens de diamantes”, “Pictures of Earthworks”, “Imagens de sucata”, “Imagens de lixo”, dos anos 2000; “Dinheiro Vivo” (2022 e 2024), e obras feitas com manteiga de amendoim e geleia – “Duas vezes Mona Lisa” (1999), da série “After Warhol”; com um prato de macarrão e molho – “Medusa Marinara” (1997); ou com feijão: “Che, a partir de Alberto Korda” (2000).

UNIVERSO POPULAR

Daniel Rangel salienta também que a exposição “aproxima a produção de Vik do universo (pop)ular, tão presente e recorrente na cultura nordestina – seja pela utilização de elementos do cotidiano, pela forma como os organiza ou pelas imagens que produz”. “Uma amálgama de temas, cores e materiais que pode ser observada em feiras livres, nas ruas e calçadas, nos bairros e festas populares, nas gambiarras, nos filmes da televisão, na liberdade das composições e na imaginativa criatividade do povo nordestino”.

VÍDEO E LINHA DO TEMPO

No Octógono, dentro da Galeria Lourdes Brennand, haverá uma linha de tempo e será exibido um vídeo com depoimentos de Vik Muniz.

SOBRE VIK MUNIZ

Vik Muniz nasceu em 1961, em São Paulo, de pais imigrantes do Ceará e de Minas. Ele tem ateliês no Rio de Janeiro, Nova York e Salvador, e sua obra questiona e tensiona os limites da representação. Apropriando-se de matérias-primas como açúcar, feijão, chocolate e até lixo, o artista meticulosamente compõe paisagens, retratos e imagens icônicas retiradas da história da arte e do imaginário da cultura visual, propondo outros significados para esses materiais e para as representações criadas. Vik Muniz também se destaca pelos projetos sociais que coordena, partindo da arte e da criatividade como fator de transformação em comunidades brasileiras e criando, ainda, trabalhos que buscam dar visibilidade a grupos marginalizados na nossa sociedade. A relação de suas exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, pode ser vista aqui: gnr_vik-muniz_cv.pdf.

Suas obras integram acervos como: Centre Georges Pompidou, Paris; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri; Museum of Contemporary Art, Tóquio; Solomon R. Guggenheim Museum, e Museum of American Art, em Nova York, Estados Unidos; e Tate Gallery, Londres.

INSTITUTO RICARDO BRENNAND: ENCONTRO DA ARTE E DA NATUREZA

O Instituto Ricardo Brennand, aberto em 2002, ao longo dos anos, consolidou-se como um polo cultural de grande relevância, promovendo exposições, eventos e atividades educativas que já atraíram mais de 3,5 milhões de visitantes de todo o Brasil e do mundo. Em 2014 e 2015, o TripAdvisor elegeu o Instituto como o melhor museu da América do Sul e o 17º do mundo. Já em 2017, foi eleito o melhor museu do Brasil no prêmio Traveller’s Choice Award, destaque anual, pela plataforma TripAdvisor. Com sua arquitetura inspirada nos castelos medievais ingleses (estilo Tudor), possui instalações museológicas modernas, apresentando um acervo artístico e histórico originário da coleção particular do pernambucano e fundador, Ricardo Coimbra de Almeida Brennand, com destaque para a coleção Frans Post e o Brasil Holandês. A coleção de pinturas de Frans Post do Instituto RB é a única no mundo a reunir quadros de todas as fases da carreira do “primeiro pintor das paisagens brasileiras”. O centro cultural da Várzea, em Recife, ocupa uma área cercada por reserva de mata atlântica onde ficam distribuídos seus espaços de exposição: Pinacoteca, Castelo São João, Galeria Lourdes Brennand e a Capela Nossa Senhora das Graças. “A obra de Vik Muniz convoca o nosso olhar a revisitar os silêncios sociais que atravessam as diferentes desigualdades do Brasil. Trazer esta exposição para Pernambuco reforça o compromisso do Instituto Ricardo Brennand com a promoção da arte e da cultura brasileiras, fazendo circular no Nordeste a retrospectiva de um dos artistas mais reconhecidos da arte contemporânea do mundo”, afirma Nara Galvão, diretora do Instituto RB. A exposição “Vik Muniz – A olho nu” está com agendamento de visitas escolares abertas. As instituições de ensino público e particulares interessados devem entrar em contato com o setor educativo do Instituto para garantir vaga nas visitas mediadas. Mais informações pelos contatos (81) 2121.0365 / (81) 2121.0352.

Serviço: Exposição “Vik Muniz – A Olho Nu”

13 de junho a 31 de agosto de 2025

Instituto Ricardo Brennand

Alameda Antônio Brennand, s/n, Várzea, Recife

Funcionamento (horário estendido): terça a domingo, das 10h às 17h (última entrada às 16h30)

Ingressos: (http://www.institutoricardobrennand.org.br) e na bilheteria local

Informações: (81) 2121-0365/0334

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