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Diego Hypólito fala sobre disciplina e persistência diante dos desafios em palestra no RioMar Recife

“Caí nas Olímpiadas de 2008. Eu disse que seria campeão nas Olimpíadas de 2012 e caí de novo, de cara no tablado. Como se levantar? Como continuar depois?”. Estas e outras questões foram levantadas por Diego Hypólito, ginasta campeão mundial e medalhista olímpico, nesta terça-feira durante o evento RioMar Talks, promovido em parceria entre o RioMar Recife e a Associação dos Lojistas do Shopping RioMar. Na palestra “Superação: vencendo adversidades”, no Teatro RioMar Recife, ele falou sobre sua história de vida e sobre a disciplina e persistência diante dos desafios.

Durante o evento voltado para lojistas, Diego Hypólito contou a sua trajetória de vida e o início da carreira como ginasta, que começou inspirada na irmã Daniele Hypólito. Da mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro para vivenciar a vida de atleta, das dificuldades financeiras que a família passou, das adversidades impostas pelas condições de vida em uma nova cidade, sem energia por meses, com comida escassa, Diego tirou lição de tudo. “Na adversidade, sempre há a possibilidade de desistir, mas também de persistir. Devemos andar com quem nos incentiva e saber que não precisamos provar nada para ninguém”, falou.

Diego fez uma linha do tempo da sua trajetória como ginasta, desde as disputas nos mundiais, lesões, conquistas das vagas olímpicas e das duas quedas nos Jogos Olímpicos antes de se tornar o primeiro medalhista da ginástica masculina do Brasil na competição. “Em Pequim, em 2008, me classifiquei em primeiro, dei entrevista dizendo que seria campeão, mas quem ganha antes de competir? Fui soberbo, a gente só ganha por mérito. E, por mais que tenha me tornado soberbo naquele momento, eu fiquei trisque porque tinha treinado muito e sentia que o resultado não era só meu, mas de todo o Brasil porque o país me fez maior do que eu era”, disse.

No intervalo do ciclo olímpico seguinte, Diego entendeu que precisava de ajuda psicológica, se reerguer. Mas, nas Olímpiadas de Londres de 2012, uma nova queda, dessa vez de cara no tablado. “Essa queda foi tão dolorosa que eu achava que nunca mais conseguiria realizar meu sonho de conquistar uma medalha olímpica, pensei que tinha acabado minha carreira. Fui novamente muito duro comigo, me senti muito sozinho. Mas Diego não desiste”, pontuou, emocionado.

Foi competindo no Brasil, em 2016, que a tão sonhada medalha veio, a prata no solo. “Este foi o dia que mostrou que a gente pode cair, mas tem o direito de se levantar. Ninguém vai definir até onde você vai, o sonho ou a empresa de vocês”, concluiu, complementando que medalha é bom, mas que outras coisas na vida também são importantes. “Medalha é bom, mas o que mais valoriza é o que te satisfaz. Todo mundo sai de casa todos os dias pensando em fazer o melhor”.

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