Esquema vacinal
O Ministério da Saúde enfatiza que a vacinação é a principal forma de prevenir a coqueluche em crianças menores de um ano, com doses de reforço aos quinze meses e aos quatro anos. Gestantes, puérperas e profissionais da saúde também devem ser imunizados.
O esquema vacinal primário consiste em três doses da vacina penta, administradas aos dois, quatro e seis meses, protegendo contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e *Haemophilus influenzae* tipo b. Reforços subsequentes são feitos com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche.
Para gestantes, desde 2014, recomenda-se uma dose da vacina dTpa a partir da vigésima semana de gestação. Se a imunização não ocorrer durante a gravidez, uma dose deve ser administrada no puerpério, o mais cedo possível, até quarenta e cinco dias após o parto.
Desde 2019, a vacina dTpa também é indicada para profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários em UTIs e unidades de cuidados intensivos neonatal, como complemento do esquema vacinal ou reforço para quem já completou o esquema de difteria e tétano.
Imunização ampliada
Diante de surtos de coqueluche, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica recomendando a ampliação e intensificação da vacinação contra a doença no Brasil. A recomendação inclui a vacina dTpa para trabalhadores de saúde em serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, especialmente nas áreas de ginecologia, obstetrícia, UTIs, UCIs e berçários.
Profissionais que atuam como doulas e trabalhadores em creches e berçários atendendo crianças até quatro anos também devem ser vacinados. A administração da dose deve considerar o histórico vacinal contra difteria e tétano (dT). Aqueles com esquema vacinal completo devem receber uma dose de dTpa, mesmo que a última imunização tenha ocorrido há menos de dez anos. Já os com menos de três doses devem receber uma dose de dTpa e completar o esquema com uma ou duas doses de dT.
A doença
A coqueluche, causada pela bactéria *Bordetella pertussis*, é uma infecção respiratória caracterizada por crises de tosse seca. A doença pode atingir traqueia e brônquios e se espalha mais em climas amenos ou frios. A imunidade em crianças é adquirida com as três doses da vacina e reforços aos quinze meses e aos quatro anos.
A coqueluche pode levar a complicações graves em bebês menores de seis meses, inclusive à morte. O Ministério da Saúde alerta que adultos vacinados na infância podem se tornar suscetíveis à doença novamente, pois a eficácia da vacina diminui com o tempo.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com gotículas de tosse, espirro ou fala de uma pessoa infectada. Em casos raros, pode ocorrer por objetos contaminados. Os sintomas iniciais são semelhantes a um resfriado, com mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa, e podem durar semanas. No estágio intermediário, a tosse seca piora, podendo comprometer a respiração e causar vômitos ou cansaço extremo. Geralmente, os sintomas duram de seis a dez semanas.
Com informações dos sites Agência Brasil e Jornal do Commercio.
FOTO: MIVA FILHO/ACERVO SES-PE